. Poema
. "Acordei uns dias depois....
Acordei uns dias depois no hospital. Estava muito fraca pois a queda do precipício foi muito grande. Não sei bem como aconteceu a única coisa que me lembro antes de cair foi de estar a discutir com a Marisa.
Não consegui comer e tive três dias de coma, não sei como sobrevivi. A minha mãe tem me perguntado o meu nome, idade, onde moro para ver se não tenho amnésia.
Hoje ainda estou no hospital e já passaram dois meses, ainda não me deram alta porque estou a ganhar febre e ainda continuo muito fraca.
As minhas amigas fizeram-me uma surpresa, como hoje faço 14 anos vieram visitar-me. Depois de me cantarem os parabéns Marisa pediu para ficar sozinha comigo.
Quando elas saíram, Marisa perguntou-me:
- Já estás melhor? Lembras-te do que se passou?
- Sim, já estou melhor mas ainda não tenho apetite de comer e se como forçada vomito tudo o que comi. Eu ainda não me lembro muito bem do que se passou só sei que estava discutir contigo por tu te ires embora. - Respondi-lhe.
- Eu sei que não vai ser fácil para nenhuma de nós a minha ida, mas tem de ser. – Disse Marisa.
Quando lhe ia perguntar o que se tinha passado o porteiro pediu para que as visitas acabassem por hoje e Marisa despediu-se e foi-se embora.
Às 19:30 a minha mãe apareceu no hospital com o meu pai e o meu irmão. Rafael curioso com que o me tinha acontecido, perguntou:
- O que se passou Diana, para tu caíres do precipício?
- Não sei mas gostava de saber, hoje a Marisa veio visitar-me e eu quando lhe ia perguntar o que se tinha passado o porteiro mandou-a sair. – Acrescentei.
- Também era o mínimo que ela podia fazer depois da discussão que vocês tiveram por causa dela… - Constatou a minha mãe.
- Mãe, não fales assim da Marisa, ela está a com o pai acho bem que ela queira viver com a mãe e foi eu que embirrei… aconteceu o que teve de acontecer! – Respondi-lhe.
Pedi aos meus pais para saírem do quarto pois estava muito cansada.
Na manhã seguinte Marisa apareceu no hospital às 7:30 da manhã e pediu para falar comigo e o porteiro deixou-a entrar.
Quando Marisa entrou no quarto estava a chorar e eu perguntei-lhe:
- O que se passa? Não chores!
- Foi eu que te empurrei! – Disse ela chorando ainda mais.
- Pára de chorar e conta-me todo direito! – Pedi-lhe.
Marisa parou de chorara e disse:
- Sou eu a culpada por tu estares ai! Quando estávamos a discutir eu empurrei-te!
- Não foste nada! – Disse eu.
- Mas foi! Já agora como sabes que não foi eu? Tu lembras-te de alguma coisa? – Inquiriu ela.
- Porque tenho a certeza que não eras capaz de fazer isso mesmo que tivesses muito zangada comigo e esta noite não dormi quase nada e consegui lembrar-me! Eu estava a discutir contigo quando tu me tocaste nas costas e eu desequilibrei-me numa pedra e cai. – Disse eu
- Tens a certeza, porque deu a sensação que foi eu ao tocar-te nas costas que te empurrei. – Disse ela.
- Tenho a certeza absoluta! – Disse eu com um sorriso na cara.
- Pareceu mesmo que foi eu mas como tu dirias eu nunca conseguiria fazer isso. – Acrescentou ela abraçando-me.
Quando Marisa acabou de falar o médico entra no quarto e diz-me que eu já me podia ir embora, mas claro que vou ter cuidado por causa das costas.
Às 17:00horas estava em casa com a minha família e as minhas amigas a despedirmos da Marisa pois ela no dia seguinte estava de partida.
Vai ser uma amiga que ficará para sempre no meu coração pois ela é a minha melhor amiga.
Uma coisa vos garanto nunca mais vou para a beira de um precipício.
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